Amálio no Giro das 11

Colocando o pensamento em crise.
Para Amálio Pinheiro, enquanto as políticas levadas a cabo na américa latina insistirem em posições dualistas, nós estaremos à mercê de situações autoritárias, surgimento de ditaduras e eleições de candidatos de ultradireita. Escapar das situações duais é aquilo que poderia revelar a verdadeira peculiaridade de um continente habitado por vários povos, cujo modo de existência cultural não cabe dentro das oposições entre o sim e o não. Como essas micro diversidades conectadas, geradas por todos esses povos que vieram até aqui e se misturaram, não são levadas em conta pelos partidos totalitários, pelas políticas neoliberais, que terminam por aderir, conforme os seus interesses, ao fascismo de plantão, por outro lado as forças de esquerda não conseguem se livras da dualidade oposicional e com isso continuam a não conseguir redescobrir as micro diversidades conexas da américa latina, que tem a ver com sensibilidade política ligada ao lúdico, ao rítmico e ao erótico, que não cabe dentro dos conteúdos duais: alto baixo, branco preto, direita esquerda, rico pobre. Amálio cita o poeta peruano Cesar Vallejo: “O que interessa não é vontade indígena, mas sensibilidade indígena”. É um campo de relações em que a sensibilidade indígena se forma.
E a conversa segue…fascinante! Assista o vídeo.